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Pode agora existir luz verde aos ex militares para a ingressarem a polícia, pede o comandante geral das FAA uma comparência de emergência dos ex milatres neste dia 23 de outubro no regimento militar do grafanil

Comandante Geral em exercício convoca ex-militar das FAA para um encontro de Emergência.
Segundo o que o NJOnline apurou, a reunião entre o comissário-chefe António Pedro Kandela - que interina o comando da corporação dada a ausência do comandante-geral Paulo de Almeida, que se encontra no exterior do país - e os mais de dois mil desmobilizados das FAA vai decorrer na manhã de quarta-feira, 23, no Regimento Militar do Grafanil, na Avenida Deolinda Rodrigues, em Luanda.

A convocação do encontro resulta dos episódios verificados no fim da manhã desta terça-feira, 22, quando mais de 500 ex-militares decidiram, mais uma vez, sair às ruas para, junto à sede do Comandado-Geral da PN, na marginal de Luanda, exigirem o enquadramento na corporação, depois de terem sido desmobilizados das FAA.
A marcha dos ex-militares obrigou a que a Polícia Nacional escalasse vários efectivos no terreno, com destaque para a Brigada Canina, no sentido de dispersar os manifestantes.
Porém, os efectivos da Polícia Nacional enfrentaram várias dificuldades para conter os manifestantes, que terão sido controlados apenas a escassos metros da sede do Comandando-Geral da Polícia Nacional.
Em face da intervenção policial, vários manifestantes queixaram-se de lesões resultantes de mordeduras de cães. Os ex-militares detidos durante os protestos foram depois soltos tão logo a Polícia Nacional tomou o controlo da situação.
Recorde-se que, além da integração na Polícia Nacional, os ex-militares das Forças Armadas Angolanas reclamam também do não pagamento dos seus ordenados desde Maio último.
"Passámos nos testes [de admissão na Polícia Nacional], mas, até aqui, não nos dizem nada. Nem imagino o que será daqueles que reprovaram. O Estado deve encontrar uma forma de, ainda assim, salvaguardar a condição social das pessoas. Não é justo depois de termos servido a Pátria sermos desmobilizados sem colocação nem salários", atirou, em declarações ao NJO, um ex-militar.

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