O concurso que atribuiu à Telstar Lda, licença para quarta operadora de telefonia móvel por incumprimentos do caderno de encargos. Telstar é uma empresa fantasma, sem histórico no ramo das telecomunicações.
Wilton António
Fonte:rfi
O Chefe de Estado, João Lourenço, anulou os resultados do concurso público internacional que atribuiu à empresa angolana Telstar a licença para quarta operadora de telecomunicações em Angola, de acordo com uma nota de imprensa da Casa Civil.
A empresa fantasma Telstar, sem histórico no ramo das telecomunicações, em Angola, criada a 26 de janeiro de 2018, com um capital de apenas 200 mil Kwanzas, equivalentes aos 550 euros, ja se predispôs a reduzir os preços de recargas e de consumo de telemóvel em 50 por cento.
Segundo a nota da presidência angolana consultada pela RFI, o concurso foi anulado por incumprimento dos requisitos, nomeadamente o de a empresa vencedora não ter apresentado resultados operacionais dos últimos três anos, como impunha o caderno de encargos.
E, para o efeito, o chefe de Estado instruiu o ministro das Telecomunicações para, no prazo de 30 dias, reunir o expediente necessário à formalização de abertura de um novo concurso.
O resultado deste concurso público internacional, ao qual concorreram 27 empresas, foi anunciado no passado dia 12.
A sul-africana MTN tendo desistido, foi a Telstar proclamada vencedora para a quarta operadora de telecomunicações a actuar no mercado angolano.
A Telstar - Telecomunicações, Lda, tem como accionistas o general Manuel João Carneiro, com 90 por cento do capital, com o empresário António Cardoso Mateus, a deter 10 por cento do capital.
O accionista maioritário tem ligações à empresa Mundo Telecomunicações, "que custeou parte das despesas utilizadas pela Telstar no concurso para a quarta operadora".
Confira aqui a correspondência de Daniel Frederico em Luanda.
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