O depoimento do general Francisco Higino Lopes Carneiro, durante o recente interrogatório de terça-feira (12), na Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP) da PGR terá sido marcado com declarações que no ponto de vista de “insiders” comprometem a imagem do regime agora liderado por João Manuel Gonçalves Lourenço.
O general segundo confidenciaram fontes, ao responder sobre o tema da corrupção acabou por dar pistas sobre informações relacionadas aos métodos que o MPLA recorre ganhar eleições em Angola.
Depoimento do ex-governador embaraça regime
No inicio da sessão de interrogatório, Higino Carneiro alertou que não tinha muito por dizer sobre o que lhe estava a ser confrontado, mas acabaria por dar a sua opinião sugerindo que se a Procuradoria pretender, de facto, desbaratar o tema em causa (combate a corrupção) teria de convocar a então porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Júlia Ferreira, e interroga-la sobre em que moldes o actual Presidente da República, foi declarado vencedor para “ocupar a cadeira em que se senta.”
Carneiro, segundo a fontes, terá exaltado as suas credencias militares em prol do país, realçando que não se deveria combater a corrupção de forma selectiva, como se esta a fazer, tendo desafiado a convocação da então responsável da CNE para explicar o que ele, na altura dos factos, secretario do MPLA, em Luanda, terão feito para João Lourenço ser declarado com os votos que teve nas últimas eleições de 2017.
A mensagem subentendida atribuída ao general foi de que o seu partido recorreu a meios desonestos para ganhar às eleições gerais.
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