Tchizé dos Santos acusa general Miala e João Lourenço de perseguição
A deputada do MPLA, Welwitschia 'Tchizé' dos Santos, desconfia que anda a ser perseguida, situação que, no seu entender, potencia suspeitas "que recaem sobre o senhor Miala e sobre o próprio titular do Poder Executivo", João Lourenço.
Tchizé dos Santos partilhou, através de um vídeo posto a circular nas redes sociais, o receio de andar a ser perseguida, relatando a presença de um homem suspeito numa recente ida às compras.
"Este senhor, já o venho a ver desde a loja da Victoria"s Secret", aponta a deputada na gravação, estranhando que o homem tenha percorrido uma loja de lingerie feminina, "para cima e para baixo", para depois não comprar nada.
A também empresária revela que após esse primeiro contacto, num centro comercial, voltou a cruzar-se com a mesma pessoa. "Vim para aqui, comi um bolo, e encontro o senhor também a passar pelo meu sítio a olhar", prossegue a parlamentar, dando a entender que o facto de ter parado indica que estaria mesmo no seu encalço.
A deputada chegou até a captar a imagem do alegado perseguidor, e, já num áudio, igualmente divulgado nas redes sociais, associou a sua presença a esforços de intimidação.
"Ainda que sejam apenas coincidências, infelizmente podem criar mesmo suspeitas que recaem sobre o senhor Miala e sobre o próprio titular do Poder Executivo, de terem interesse em manter-me vigiada, manter-me coagida para me limitarem a acção", apontou Tchizé dos Santos, sublinhando que está a ficar cansada de perseguições.
"Desde os meus 11 anos de idade que vi a minha mãe a passar por isso, eu própria muitas vezes fui olhada com desconfiança, alguém que podia não ser nem carne nem peixe, e sofri muito por tabela. Pelos vistos agora nessa nova legislatura continua a acontecer por motivos diferentes", lamentou, ligando os acontecimentos ao facto de ser filha do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
A deputada sublinhou ainda que o homem suspeito apareceu no seu encalço no mesmo dia (terça-feira, 18) em foi emitida uma entrevista da mãe, Maria Luísa Abrantes, à LAC, acrescentando que na conversa a progenitora acusa os serviços secretos angolanos "de terem feito acusações de drogas nos EUA para a prejudicarem".
Tchizé refere que, na entrevista, a mãe citou mesmo no nome do general Miala, actual Chefe do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado, e antigo director dos Serviços de Inteligência Externa de Angola. NJ
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